O professor italiano Maurizio
Padovan, nos dias 9, 11 e 12 de janeiro, conduziu os alunos de várias turmas do
ensino secundário numa digressão cultural retrospetiva, desde a Idade Média ao
Renascimento, passando pela Europa Barroca, até à primeira metade do séc. XX.
Na primeira lição-concerto,
direcionada para os alunos do 10º ano, os conhecimentos fluíram num cenário
variado de imagens, sons e curiosidades culturais: a invenção da escrita
musical pelos monges; a criação poética para ser cantada de castelo em castelo
pelos trovadores; o kyrie, designação
atribuída à música medieval; os cânticos gregorianos e os instrumentos musicais
mais comuns; a referência a Os Carmina
Burana e a influência franco-provençal da poesia trovadoresca, ilustraram
claramente a afirmação do início da sessão – A música é uma imagem da nossa
sociedade. Avançou-se no tempo e a época renascentista impôs-se. Em Itália, na
cidade de Milão, a sociedade deslumbrou-se com um músico excecional, acabado de
chegar: Leonardo da Vinci. Foi uma surpresa condimentada com o facto de este
génio plurifacetado tocar um instrumento de prata de sua própria invenção.
No dia 11 de janeiro, os alunos
do 11º ano assistiram ao nascimento do teatro musical e à abertura da arte de
representar ao público em geral. De Veneza, passaram pela corte francesa
iluminada pelo Rei-Sol, Luís XIV, pela Alemanha, onde J. S. Bach compôs
sinfonias prodigiosas, sempre atuais, cujas adaptações fazem sucesso em vários
estilos musicais contemporâneos. Nesta sequência, conheceram-se os cantores castrati, sua história de vida singular
e triste e seus êxitos tão estrondosos quanto solitários.
E, finalmente, no dia 12, os
alunos do 12º ano viajaram no encalço dos “Percursos musicais da primeira
metade do séc. XX”, da Europa à América. Assim, aproveitando as potencialidades
da imprensa, a música expandiu-se pelo mundo inteiro; seguidamente, conheceu a
invenção do disco e a primeira gravação musical. Compositores talentosos, como
Eric Satie, o francês Claude Debussy e o russo Igor Stravinsky imprimiram à
música inovação. Da mesma forma, a pintura pós-impressionista de vanguarda, em
que um dos expoentes é Pablo Picasso, as construções arquitetónicas da Belle Époque, bem como outras manifestações
artístico-culturais evoluíram surpreendentemente, trazendo novidades concetuais
diferentes e arrojadas. A 1ª Grande Guerra, apesar do rasto de destruição e
sofrimento, deixou emergir a Escola de Arte alemã – a Bauhaus – de onde saíram artistas de qualidade e inovadores. O
dramaturgo Bertolt Brecht agarra num novo conceito de fazer teatro, propondo ao
espetador uma atitude intelectualmente ativa, no desenrolar do espetáculo. Da
sua produção consta a atualização da Ópera dos Três Vinténs. Chegando à
América, a música de George Gershwin enche a sala, assim com o Jazz e o cinema.
No final de cada lição-concerto,
os alunos aplaudiram e afirmaram verbalmente o seu agrado e interesse pelos
conteúdos abordados e pela sua exposição.
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